Depois da enorme repercussão do caso da
paciente cuja família denunciou negligencia em parto, a prefeitura de Anapurus divulgou
nota vaga com relação a defesa da equipe médica e que na prática confirma todo
o relato da denúncia, incluindo horários citados pela família, a ida pra
Chapadinha e até a pane na ambulância.
Abaixo a íntegra da Nota. Depois
voltamos em outro posto comentando a manifestação oficial da Prefeitura de
Anapurus e com atualizações sobre o estado de saúde de Ana e seu bebê.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
No dia 09 de agosto de 2025, às 17h,
deu entrada nesta unidade hospitalar uma gestante primigesta, com 36 semanas e
4 dias de idade gestacional, apresentando queixa de dor pélvica. A paciente foi
prontamente recebida pela equipe médica e de enfermagem de plantão, que
procedeu ao atendimento conforme os protocolos e diretrizes preconizados pelo
Ministério da Saúde, realizando anamnese e exame físico obstétrico minucioso, o
qual evidenciou dilatação cervical de aproximadamente uma polpa digital.
Diante do quadro, a gestante foi
encaminhada à maternidade de referência regional para avaliação obstétrica
especializada. Nessa unidade, foi novamente examinada por medico obstetra, que
concluiu não haver indícios de trabalho de parto ativo naquele momento,
prescrevendo repouso absoluto e analgésicos sintomáticos.
Às 01h do dia 10 de agosto de 2025, a
paciente retornou a esta unidade referindo intensificação da dor. Novo exame
obstétrico evidenciou dilatação cervical de 4 cm, caracterizando trabalho de
parto prematuro.
O médico plantonista mobilizou a
equipe para imediata transferência, solicitando regulação de leito para as
maternidades Marly Sarney e Benedito Leite, em São Luís, não sendo possível a
liberação devido à indisponibilidade de vagas. Diante disso, foi orientado o
encaminhamento para a maternidade de referência em Coroatá.
Durante o processo de regulação e
aguardo de leito, o quadro evoluiu rapidamente, com apagamento cervical
completo e dilatação total (10 cm) às 2h20, culminando na expulsão completa do
concepto.
Na avaliação do trajeto de parto,
diagnosticou-se laceração do colo uterino, acompanhada de hemorragia pós-parto.
Foram imediatamente instituídas todas as medidas médicas cabíveis para
estabilização e controle do sangramento, conforme os protocolos obstétricos
vigentes, garantindo estabilidade hemodinâmica.
Após estabilização, a paciente foi
encaminhada à maternidade de Coroatá, estável, normotensa, normocardica e
eupneica, para continuidade da conduta obstétrica especializada.
No retorno da equipe a Anapurus, a
ambulância apresentou falha mecânica nos bicos injetores, o que ocasionou
interrupção no fluxo de combustível. O problema foi solucionado, e já estão
sendo adotadas medidas para evitar novas ocorrências.
O Hospital Municipal de Anapurus
reafirma que todo o atendimento prestado seguiu rigorosamente protocolos
técnicos vigentes, assegurando assistência integral e segura à paciente, e
coloca-se à disposição para quaisquer esclarecimentos à família e à própria
gestante.
Anapurus, 12 de Agosto de 2025
Direção Clínico e Administrativa
Hospital Municipal Madalena Monteles